O Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo
eletrônico per capita a cada ano. O alerta é da ONU, que nesta segunda-feira,
22, lançou seu primeiro relatório sobre o tema e advertiu que o Brasil não tem
nem estratégia para lidar com o fenômeno, e o tema sequer é prioridade para a
indústria.
O estudo foi realizado
pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), diante da constatação de que
o crescimento dos países emergentes de fato gerou maior consumo doméstico, com
uma classe média cada vez mais forte e estabilidade econômica para garantir
empréstimos para a compra de eletroeletrônicos. Mas, junto com isso, veio a
geração sem precedente de lixo. A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas por ano. Grande parte certamente ocorre nos países ricos. Só a Europa seria responsável por um quarto desse lixo. Mas o que a ONU alerta agora é para a explosão do fenômeno nos emergentes e a falta de capacidade para lidar com esse material, muitas vezes perigoso. Para Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma, Brasil, México, Índia e China serão os países mais afetados pelo lixo, enfrentando "crescentes danos ambientais e problemas de saúde pública".
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